terça-feira, 10 de setembro de 2013

11 de SETEMBRO..... “SINFONIA DOS DOIS MUNDOS”,

11 DE SETEMBRO
Quem não se lembra desta data?
 Lamentamos e choramos, mas torna-se necessário refletirmos acerca de algumas questões, a fim de ampliarmos nossos horizontes, na busca de respostas.

> 11 de setembro de 1973: Golpe de Estado no Chile
Que resulta na morte do presidente Allende.
Mas ..... tendo chorado, naqueles dias, a instalação da ditadura militar no Chile, como em outros países latino-americanos, é preciso lembrar, hoje, que continuamos a viver numa sociedade que vive na ditadura da corrupção, da miséria, da falta de assistência aos pobres no que é essencial à vida, para não falar da maior de todas as ditaduras: 815 milhões de pessoas, em todo o planeta, são vítimas da crónica ou grave subnutrição, a maior parte das quais são mulheres e crianças dos países em vias de desenvolvimento, e a cada 3 segundos e meio morre uma pessoa no mundo de fome!
Que “DEMOCRACIA MUNDIAL” é essa?

> 11 de setembro de 2001: ataque às “Torres Gêmeas” em Nova York.
Mas ..... derramando lágrimas, naquelas dias, sobre as mortes daquele ataque covarde contra a vida de inocentes, sabemos, neste momento, que americanos e seus aliados planejam jogar bombas covardes contra a Síria, que também matarão inocentes, gente que também sonha com um futuro melhor.
Que “PAZ” é essa?

> 11 de setembro de 2008: massacre de agricultores em Bolívia,
Sob as ordens de fazendeiros, coronéis e empresários.
Lembrando fato horroroso como este, um pouco distante de nós, em tempo e espaço, porém sabemos que vivemos num país no qual, só em 2012, 36 camponeses foram assassinados, além das 77 tentativas de assassinatos no meio rural.
Que “PROGRESSO” é esse?
Por certo, há gente que dirá: “Uma coisa não tem nada a ver com a outra!”. Mas, será possível ver e entender os fatos sem interligá-los uns com os outros? Consideramos, no entanto, que aspectos da vida são indivisíveis, inseparáveis e sempre interligados.

Dom Helder nos dá uma mão – mais uma vez – quando nos coloca, na “SINFONIA DOS DOIS MUNDOS”, diante da seguinte pergunta: “Quem vai ganhar?”
QUEM VAI GANHAR?
Tu sabes muito bem, homem, meu irmão,
que és suficientemente fraco para fazer deflagrar a 3.ª e última Guerra Mundial,
com o tristíssimo poder de suprimir a vida na face das terra
e que tu és suficientemente forte para suprimir da terra
a miséria e, sobretudo, a dominação.
À primeira vista, parece que o ódio se apodera da Terra .....
Depois da 2.ª Guerra Mundial, quantas guerras locais rebentaram!
E como se multiplicam os países que fabricam armas,
e, na corrida armamentista, como as armas se tornam sempre mais
sofisticadas, caras e esmagadoras!
Países que não tem o essencial para seu povo,
que não hesitam em endividar-se, de maneira insolvável,
para salvar a deusa deles: : a Segurança Nacional.
Um pouco por toda parte “na margem direita e na margem esquerda”,
há sequestros, torturas, trucidamentos,
pessoas que desaparecem para sempre, exilados, refugiados ....
E, no fundo deste terror e da insegurança
uma sociedade de desperdício ..... .

QUEM REVOLVERÁ AS PESADAS ESTRUTURAS
QUE ESMAGAM AOS MILHÕES OS FILHOS DE DEUS?

Quem revolverá as pesadíssimas estruturas
Que chegam a matar mais do que as guerras mais sangrentas?

Quem revolverá as pesadas estruturas que esmagam os filhos de Deus?

QUEM VAI GANHAR, O FRACO OU O FORTE? QUEM VAI GANHAR?

Conheço bem os dois, pois o fraco sou eu.
E o meu triste poder de assassinar a terra, provocando uma guerra,
a derradeira guerra perdendo a vida, dom do Criador e Pai. Quem vai ganhar?
Conheço bem os dois, também sou eu o forte.
Podia suprimir dos dois lados do Mundo, dominação e fome e cólera que ronda
E lutando por um Mundo mais justo e mais humano. Quem vai ganhar?

Contempla a tua frente este rio de ódio que sobe da planície e te afogará.
Contempla ao teu redor o mundo que corre às armas.
É o derradeiro alarme e tu não entendes nada.

Por uma Segurança que se diz Nacional,
quantos povos esmagados por botas pesadas.
Em nome da humanidade se exila, tortura
sob o peso das estruturas sucumbes, liberdade!
Contempla ao teu redor. Tirania, desperdício!
Seria esta herança que tu lhes deixarás!
Contempla ao teu redor a miséria e o ódio,
Condições sub-humanas, quem delas te livrará?


Fortaleza, 09-09-2013,
Geraldo Frencken

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